Trago no peito um temor que corrói a terra inteira.
Trago a terra inteira no peito, por não saber plantar sementes nem regar plantas.
Do pó me fiz, em pó me farei.
E entre o pó que me fez e o pó que eu faço, fica um castelo que não é de pó;
que é de pedra como as coisas que ficam.
Comi frutos que não plantei e guardei-lhes as sementes para um dia as plantar. Um dia, quando me pegarem pela mão e me ararem a terra inteira.
Então abrirei o peito e mostrarei ao Mundo que cá dentro levo um jardim.
E que no jardim do meu peito plantei um castelo que por fora é feito de pedra, mas por dentro é feito de ar.
Como as coisas que vão.
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