26 março 2011

Se o neto I

De luz repleto encontro o tecto
Que o tronco faz e o braço verte
Embora fora outrora inerte
É hoje alvor jamais infecto

Sai da bruma que se faz pluma
E bate, sobe, cresce e voa
Porque não lhe pesa a coroa
Que um sorriso desarruma

Espero enquanto sob o manto
Claro e leve do teu encanto
Me deixo ir sem rumo certo

Na certeza de que a pobreza
Irá jamais sentar-se à mesa
Onde o coração jaz aberto

Sem comentários: